Após ter cancelado uma votação sobre seu pacote de saúde, há três semanas, por causa de conflitos internos entre legisladores republicanos e democratas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou hoje reter os pagamentos a seguradoras para forçar uma negociação com os democratas.
Em uma entrevista no Salão Oval da Casa Branca, Trump disse que pode faltar autoridade à presidência para realizar os pagamentos estabelecidos no governo do ex-presidente, Barack Obama, para reduzir co-pagamentos e franquias a alguns dos mais pobres clientes que assinam planos sob a lei de saúde acessível (Affordable Care Act) de 2010. Cortar os pagamentos pode desencadear uma turbulência no mercado de seguradoras.
“Eu não quero que as pessoas saiam feridas”, disse Trump. “O que eu acho que deve – e vai – acontecer é que os democratas vão me ligar para negociar”.
Na entrevista, o presidente tratou de vários assuntos e disse que não vai divulgar nenhuma diretriz para uma reforma no código tributário até que a lei da saúde passe.
Trump também disse que o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer “cometeu um erro” ao dizer que o presidente sírio, Bashar al-Assad, cometeu atrocidades piores que as do líder nazista, Adolf Hitler. Spicer emitiu pedidos de desculpas depois disso.
O presidente disse que o episódio em que um passageiro ensanguentado foi arrastado para fora de um avião da United Airlines, em Chicago, após ter se recusado a desistir de seu acento porque a companhia havia vendido passagens após o voo ter sido lotado foi “horrível”.
Trump disse que as companhias aéreas não devem ser impedidas de vender mais passagens e, em vez disso, devem retirar os limites máximos dos vouchers para que os passageiros cedam os lugares voluntariamente. Fonte: Dow Jones Newswires.