O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira, 22, uma série de sanções contra o regime cubano em discurso aos veteranos do conflito na Baía dos Porcos. Dentre elas, o fim de importações de álcool e tabaco vindas da ilha.
Além disso, cidadãos americanos não poderão se hospedar em locais de gestão do regime cubano, nem comprar posses da administração local. Os gestos representam importantes retrocessos nos acordos firmados pelo ex-presidente Barack Obama com Raúl Castro, aos quais Trump chamou de "patéticos".
O líder da Casa Branca também anunciou sanções contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e a Nicarágua, governada pelo sandinista Daniel Ortega.
O discurso teve forte apelo eleitoral, com Trump fazendo grandes acenos à comunidade latina nos EUA. Na Flórida, estado com especial relevância no colégio eleitoral, o repúdio ao governo cubano tem grande apelo junto aos imigrantes. Trump disse que em breve o hemisfério ocidental será "livre", e parabenizou os que lutam pela liberdade em Cuba e na Venezuela. "Não retiraremos sanções de Cuba até liberdade dos presos políticos e realização de eleições livres", acrescentou.
<b>Recuperação econômica</b>
"Teremos uma recuperação em super V, próximo ano será um dos melhores na economia", indicou Trump, que disse que os hispânicos vinham em uma das melhores taxas de emprego nos EUA até a chegada do "vírus chinês". O mandatário ainda parabenizou o novo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Mauricio J. Claver-Carone, de origem cubana. "Ele concorda com o que eu penso", disse Trump.