Em seu primeiro discurso público após o fim do mandato, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump sinalizou que permanecerá no Partido Republicano. "Estou diante de vocês para declarar que a incrível jornada que começamos juntos há quatro anos está longe de chegar ao fim", disse, durante a Conservative Political Action Conference (CPAC), que neste ano ocorreu em Orlando ao invés de Washington, por conta das restrições da pandemia.
O ex-presidente não deu detalhes sobre os próximos passos em seu futuro político, mas negou que esteja planejando a criação de um novo partido. "Não precisamos de um novo partido, temos o Partido Republicano. Ele vai ser forte e unido como nunca antes", apontou.
Trump voltou a afirmar que a eleição de Biden foi fraudada, e que alterações nas regras eleitorais são necessárias. "Nós precisamos de reformas imediatas para eleições seguras. Não podemos deixar que o que aconteceu em 2020 aconteça novamente. Temos que cuidar das fraudes eleitorais que ocorreram", apontou.
Ele também voltou a atacar a atuação de Biden como presidente. "Joe Biden teve o primeiro mês mais desastroso da história", disse.
Entre os principais temas durante a fala, Trump insistiu que a imigração ilegal cresceu após o início do mandato do democrata. "Joe Biden está permitindo a imigração ilegal como nunca antes. A administração dele está trabalhando agora para aceitar imigrantes ilegais, dia após dia", afirmou.
Trump também defendeu que as escolas sejam reabertas: "A administração de Biden está impedindo que as escolas voltem. Milhões de vidas de crianças americanas estão sendo destruídas por Joe Biden. As crianças devem voltar às escolas imediatamente".
Durante a convenção, Trump afirmou que os próximos quatro anos serão difíceis para os EUA, e que os conservadores devem se unir para enfrentar ameaças ao país. "Pelos próximos quatro anos, os republicanos desta sala terão que combater os democratas e as notícias falsas. Estaremos unidos e fortes como nunca antes. Vamos lutar contra o radicalismo, o socialismo e o comunismo", defendeu o ex-presidente.
Em seu discurso, Trump questionou a atuação da Organização Mundial de Saúde (OMS), alegando que as restrições recomendadas afetaram gravemente a economia dos Estados Unidos, mas não de países rivais, como a China.
Trump também atacou grandes empresas de mídia, afirmando que os conservadores não podem se calar perante injustiças. "Facebook, Twitter e Google devem ser punidos por silenciarem vozes conservadoras", disse. O republicano teve sua conta apagada do Twitter após divulgação seguida de informações falsas em janeiro.