O projeto de lei de reforma da saúde que tem como objetivo substituir o Obamacare, uma promessa da agenda republicana e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segue enfrentando dificuldades dentro do próprio partido para obter maioria para a aprovação, horas antes da votação, que está prevista para ocorrer às 20h (de Brasília).
Os republicanos começam a vislumbrar a possibilidade de que o projeto possa não ser aprovado no Congresso. Trump deve se reunir às 12h30 (de Brasília) com o chamado Freedom Caucus, ala conservadora do partido que não concorda com o projeto de lei em sua forma integral.
Em entrevista para a MSNBC, o republicano Kevin Brady estimou que o projeto de reforma da saúde vai ser aprovado com 216 votos. Para a lei passar, são necessários 215 votos a favor.
Entretanto, segundo o republicano Mo Brooks, que faz parte do Freedom Caucus, cerca de 30 a 40 políticos do partido ainda são contra a aprovação do projeto. Na Casa, Trump só pode perder 22 votos dos republicanos. Caso contrário, a reforma da saúde não passará.
De acordo com repórteres do site Politico, 13 integrantes do Freedom Caucus já teriam garantido que votarão pelo “não”. Já a Associated Press estimou que 26 republicanos confirmaram que irão contra o projeto.
Mais cedo, a liderança do partido republicano cancelou uma reunião do Congresso, alegando que não havia o que discutir antes do encontro de Trump com a ala do Freedom Caucus.
Em sua conta presidencial no Twitter, Trump fez um apelo para que os cidadãos americanos pressionem seus congressistas a apoiarem o projeto de lei.