Estadão

Trump minimiza acusações sobre suborno e tenta desacreditar Justiça dos EUA

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump minimizou, durante um comício em Waco (Texas), no sábado, 25, às acusações da Justiça norte-americana contra ele pelo suposto pagamento de um suborno à atriz de filmes adultos Stormy Daniels. Em tom furioso, diante da multidão que se reuniu para vê-lo no Aeroporto Regional de Waco, Trump sugeriu que o Judiciário do país não tem nada que possa incriminá-lo. "Não tem nada contra mim", exclamou.

Trump assegurou sem provas que o gabinete do procurador distrital de Manhattan, Alvin Dragg, está prevaricando e agindo sob a direção do Departamento de "Injustiça" do país para tentar acusá-lo de algo que, em sua opinião, não constitui crime.

Afirmou ainda que o Departamento de Justiça enviou "agentes" ao escritório do procurador para garantir que "cuidem de Trump" e terminem o que "não conseguiram fazer" em Washington – o ex-presidente costuma atribuir este e outros processos abertos contra ele a uma conspiração dos democratas para que não concorra às eleições de 2024.

<b>Investigação</b>

A investigação da procuradoria de Nova York, que já dura quase cinco anos, se concentra no suposto pagamento de US$ 130 mil por parte da equipe de Trump a Daniels durante a campanha eleitoral de 2016, que o elevou à presidência, em troca do silêncio da atriz pornô sobre uma relação sexual que tiveram em 2006.

Durante o comício deste sábado, Trump não poupou Daniels, a quem chamou de "cara de cavalo", e garantiu que para ele a única mulher sempre foi "a grande primeira-dama", em referência à sua esposa, Melania Trump.

O caso está agora nas mãos de um grande júri, que deve decidir se indicia ou não o ex-presidente. Se Trump for indiciado, se tornará o primeiro ex-presidente dos EUA a enfrentar uma acusação criminal. <i>COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS</i>

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