O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou na tarde desta quinta-feira, 8, o julgamento que debate a cassação da chapa formada pelo presidente Michel Temer e a ex-presidente Dilma Rousseff, acusada de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2014. Na sessão da manhã, a discussão girou em torno da validade ou não das provas da Odebrecht no processo.
Quatro dos sete dos ministros da corte sinalizaram que não vão incorporar as delações dos executivos da empreiteira em seus votos. Os ministros Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira concordaram com a preliminar apresentada pelas defesas de que o uso das delações da Odebrecht extrapola o que foi pedido inicialmente pelo acusador, o PSDB.
O presidente o TSE, Gilmar Mendes, ainda não apresentou sua análise completa sobre o tema, mas tem se posicionado a favor desse entendimento desde o início do julgamento. A interpretação diverge da dos ministros Herman Benjamin, relator da ação, Luiz Fux e Rosa Weber.