Estadão

É Tudo Verdade faz homenagens a Humberto Mauro e Jean-Luc Godard

Setenta e dois títulos de 34 países, homenagens a Humberto Mauro e Jean-Luc Godard – são essas as atrações do mais importante festival de documentários do País, o <i>É Tudo Verdade</i>, que começa dia 13 de abril, em sua 28ª edição. Foi o que anunciou o criador e diretor do <i>É Tudo Verdade</i>, o crítico Amir Labaki, em entrevista coletiva no Itaú Cultural nesta manhã de terça-feira, 28.

Além dos 72 filmes – entre longas, curtas e médias-metragens -, a programação de 2023 inclui conferências, debates e sessões em streaming. Mas o que deve ser comemorado, acima de tudo, é "a volta plena às salas de cinema", diz Labaki.

Neste ano, o circuito de exibição, em São Paulo, é composto pelo Cine Marquise, a Cinemateca Brasileira, o Sesc 24 de maio, o Instituto Moreira Salles e o Centro Cultural São Paulo. No Rio de Janeiro, onde o festival acontece simultaneamente, as sessões serão no Estação NET Botafogo e NET Rio.

A vasta programação divide-se em vários segmentos: mostras competitivas de longas e médias metragens brasileiros e internacionais; mostras não competitivas; programas especiais; O Estado das Coisas; Foco Latino-americano e Clássicos É Tudo Verdade.

Humberto Mauro (1897-1983), um dos homenageados e considerado o pioneiro do cinema nacional, terá dez dos seus filmes exibidos, além de dois documentários sobre sua obra. De Jean-Luc Godard (1930-2022), o público poderá ver oito episódios de sua série <i>História(s) do Cinema</i>, visão personalíssima da sétima arte pelo olhar do mais criativo dos autores da nouvelle vague.

A abertura do festival acontece em São Paulo dia 12 de abril com a exibição de <i>Subject</i>, de Jennifer Teixeira e Camilla Hall. No Rio, abre com <i>1968</i> – Um Ano na Vida, de Eduardo Escorel.

<i>Subject</i> entrevista pessoas que foram personagens de documentários famosos como <i>Basquete Blues</i> e <i>A Praça Tahir</i>, e verifica os efeitos que a experiência trouxe para suas vidas. <i>1968</i> traz a visão da irmã do diretor, Silvia Escorel, de sua vivência naquele ano de transe político e comportamental, no Brasil e no mundo.

A cerimônia de premiação acontece dia 22 de abril, às 18h, na Cinemateca Brasileira. A volta do <i>É Tudo Verdade</i> à Cinemateca foi outro motivo de comemoração do diretor Amir Labaki. Com bons motivos. Depois de anos fechada e correndo risco de deterioração durante o governo anterior, a Cinemateca voltou a funcionar e ser ponto de referência para a cinefilia da cidade e do Brasil.

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