O primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, anunciou neste sábado uma série de medidas de segurança, incluindo o fechamento de mesquitas, e convocou os reservistas do exército para dar apoio aos milhares de turistas que deixam o país no norte da África depois do atentado de ontem. O aeroporto de Hammamet, próximo à cidade costeira de Sousse, está lotado.
Ontem, um homem armado fez 38 vítimas na praia do resort tunisiano, a maioria delas turistas. O Estado Islâmico se disse responsável pelo ataque. O ministério das Relações Exteriores do Reino Unido informou que pelo menos 15 dos mortos eram cidadãos britânicos.
“A luta contra o terrorismo é responsabilidade nacional”, disse o primeiro-ministro visivelmente exausto em entrevista realizada em Túnis. “Estamos em uma guerra contra o terrorismo, o que representa uma séria ameaça à unidade nacional durante esse delicado período que atravessamos”, acrescentou.
Essid disse que reservistas serão mandados para regiões turísticas no país e hotéis, onde aconselhou que medidas adicionais de segurança sejam tomadas. O premiê também ordenou o fechamento de partidos políticos e associações com ideais radicais ou apoiados por grupos suspeitos, assim como de 80 mesquitas extremistas.
O governo tunisiano vinha sendo criticado pela ausência de medidas antiterroristas mais duras, especialmente depois de um atentado armado que matou 22 pessoas em um museu nacional em março. Em 2013, Sousse já havia sido alvo de uma tentativa de atentado à bomba, a qual foi descoberta antes de ser acionada.