Internacional

Turquia e UE retomam negociações para tentar solução para crise imigratória

A Turquia e líderes da União Europeia (UE) retomam nesta sexta-feira as negociações para gerenciar a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.

Durante conversas no fim da noite de quinta-feira, os líderes europeus chegaram a um acordo para apresentar hoje ao primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu. Entre as propostas, a UE teria de pagar para enviar novos imigrantes da Grécia que não se qualificam para asilo de volta à Turquia. Para cada imigrante regresso, o bloco aceitaria um refugiado sírio.

Em troca da ajuda da Turquia, que abriga 2,7 milhões de imigrantes sírios, a UE ofereceria 6 bilhões de euros, afrouxaria das restrições de vistos para cidadãos turcos e negociações mais céleres sobre a inclusão da Turquia no bloco.

Apesar das diferenças terem sido reduzidas, os líderes reconhecem que firmar um acordo com Davutoglu esta semana será difícil. “As negociações não serão fáceis”, disse a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

Hoje pela manhã, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, aprensetam a proposta do bloco ao premiê da Turquia.

“Todos esses eventos mostram como a relação da Turquia com a adesão à UE é importante não só para a Turquia e à UE, mas para todas as questões internacionais”, disse Davutoglu nesta sexta-feira, antes da reunião em Bruxelas.

As autoridades turcas têm pressionado os seus homólogos da UE para duplicar a ajuda financeira para 6 bilhões de euros (US$ 6,7 bilhões), pedido que foi feito durante uma reunião no dia 07 de março, ao mesmo tempo, exigindo uma aceleração das suas negociações de adesão para participar do bloco e a isenção de visto para a Europa.

Merkel disse na quinta-feira que ainda havia grandes desafios legais, logísticos e políticos para a construção de um acordo para fazer a Turquia receber de volta todos os imigrantes, incluindo refugiados, que viajam ilegalmente para a Europa. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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