O Banco Central da Turquia elevou as exigências de reservas estrangeiras de curto prazo para bancos neste sábado, em uma tentativa de garantir a estabilidade financeira no país diante um cenário complicado para as moedas emergentes. Com as mudanças no mercado de câmbio internacional, a lira atingiu a mínima histórica e as empresas do país enfrentam dificuldades para cumprir suas obrigações financeiras.
A decisão aumenta a quantidade de moeda estrangeira que os bancos precisam manter no BC de 13% para 18%, em maturidade de um ano, e de 11% para 13%, em prazo de dois anos. As mudanças entram em vigor no dia 13 de fevereiro e, segundo a autoridade monetária, devem impulsionar as reservas estrangeiras em US$ 3,2 bilhões até o dia 27 deste mesmo mês.
A lira, como muitas moedas emergentes, tem se desvalorizado ante o dólar em meio a expectativas de que o Federal Reserve (o Fed, banco central dos Estados Unidos), deve elevar os juros do país ainda este ano.
Em comunicado neste sábado, o BC turco afirma que tomou a decisão visando “apoiar a estabilidade financeira ao levar em consideração os últimos movimentos nos mercados globais”.
A autoridade monetária também alterou regras para a realização de contratos de swap cambial, já que os bancos da Turquia podem utilizar o instrumento para cumprir até 60% de suas obrigações de reservas em moeda estrangeira. Agora, para utilizar metade dos contratos de swap permitidos, as instituições financeiras precisarão depositar US$ 1,20 por lira; antes era necessário US$ 1,40. Também foram introduzidas outras normas para opções que devem liberar cerca de US$ 2,4 bilhões. As medidas têm por objetivo ajudar bancos e empresas, que têm realizado empréstimos no exterior em níveis recordes. Fonte: Dow Jones Newswires.