Um tribunal na Turquia emitiu um mandado formal de prisão nesta quinta-feira contra o clérigo muçulmano Fethullah Gulen, que o governo turco acusa de estar por trás da tentativa fracassada de golpe no dia 15 de julho e que deixou mais de 270 pessoas mortas.
A agência de notícias estatal Anadolu disse que um tribunal com sede em Istambul emitiu o mandado para “ordenar a tentativa de golpe de 15 de julho”.
O governo diz que Gulen, um ex-aliado do presidente, Recep Tayyip Erdogan, e que vive exilado na Pensilvânia, nos EUA, foi o mentor da tentativa de golpe realizada por oficiais renegados nas forças armadas da Turquia. Erdogan quer que ele seja extraditado para a Turquia. Gulen nega o envolvimento ou conhecimento prévio da tentativa de golpe.
Ancara ainda não fez um pedido formal de extradição, mas o mandado de detenção poderia ser um prelúdio. Washington pediu evidências de que o clérigo esteja envolvido, e disse que o processo de extradição deve ser autorizado a tomar o seu curso.
Desde a tentativa de golpe, o governo turco lançou uma repressão abrangente sobre o movimento de Gulen, que se caracteriza como uma organização terrorista e que administra escolas, instituições de caridade e empresas internacionalmente. Na Turquia, cerca de 70 mil pessoas foram suspensas de seus empregos sob suspeita de estarem envolvidas no movimento.Fonte: Associated Press.