Estadão

Turquia exige que Suécia extradite simpatizantes curdos para entrar na Otan

A Turquia tem impedido a adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e exige que o país extradite os simpatizantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) de seu território. A Turquia, porém, não enviou uma lista de nomes, e um funcionário do governo sueco disse que a Suécia não faz ideia de quem são os indivíduos, o que torna a adesão à Otan quase impossível.

Sob as regras da Otan, qualquer integrante pode bloquear a adesão de novos membros, e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, não deve mudar seu discurso. A adesão da Suécia, então, depende que o atual presidente turco perca o segundo turno das eleições presidenciais neste domingo, mas o cenário o aponta como favorito.

Em uma tentativa de se aproximar da Turquia, o Parlamento da Suécia votou para fortalecer as leis de terrorismo do país no início de maio, tornando ilegal financiar, recrutar ou advogar para uma organização terrorista, bem como viajar para o exterior para se juntar a tal grupo.

Segundo o funcionário do governo sueco, o país havia subestimado a capacidade do PPK de arrecadar fundos dentro do território da Suécia, o que obrigou o país a se mexer.

A lei entra em vigor em 1 de junho, e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, reconhece que a Suécia tomou as medidas necessárias para cumprir sua parte da exigência da Turquia.

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