Os líderes da União Europeia reelegeram facilmente Donald Tusk como presidente do Conselho Europeu, mesmo com a oposição do governo nacionalista da Polônia, que o acusava de interferir na política interna do país. Ex-premiê polonês, ele obteve uma vitória por 27 votos a 1.
Tusk agradeceu o apoio dos líderes e a confiança e o apoio “nessas circunstâncias inusuais”. A premiê polonesa, Beata Szydlo, afirmou que a reeleição não foi democrática e sim uma prova de que a UE está dividida, em vez de ser uma força unificada. “Este é um precedente muito perigoso. Eu falei a meus colegas: hoje é a Polônia, logo eles mesmos podem se achar na mesma posição”, comentou ela em entrevista coletiva após a reunião.
A premiê disse que Tusk não servia para o posto porque ele teria se aliado à oposição no que ela descreveu como uma tentativa de derrubar seu governo. Szydlo disse que se oporá a qualquer decisão futura da UE que vá contra a linha reformista de seu governo.
A líder polonesa assumiu em 2015 e mantém uma relação conflituosa com o bloco, após ignorar decisões da mais alta corte do país. Duas autoridades da UE disseram que o problema pode piorar agora e governos poderiam discutir nos próximos meses se suspendem o direito a voto da Polônia.
Líder do partido da premiê, o Lei e Justiça, Jaroslaw Kaczynski disse que a reeleição de Tusk mostraria que a UE é dominada pela Alemanha. No passado, Kaczynski acusou publicamente Tusk de ser “politicamente responsável”, como premiê, pela queda de um avião na Rússia em 2010 que matou seu irmão, o ex-presidente polonês Lech Kaczynski. Na época, o governo Tusk investigou o assunto e concluiu que houve falha do piloto. Fonte: Dow Jones Newswires.