Os ucranianos votaram neste domingo nas eleições locais que testarão o apoio ao presidente pró-Ocidente Petro Poroshenko, que está sob pressão por causa de uma contração econômica profunda e da percepção de falta de avanços na luta contra a corrupção. Os eleitores votaram para eleger prefeitos e representantes de conselhos municipais em toda a Ucrânia, fora as regiões do leste controladas por separatistas apoiados pelos russos, que têm lutado contra as forças do governo há mais de um ano. O monitor eleitoral Opora informou que, fechadas as urnas, a participação foi de 46,5%.
Não foram divulgadas pesquisas de boca de urna ainda. Contudo, o partido governista de Poroshenko liderava as intenções de voto antes do pleito, marginalmente à frente de outros partidos de sua coalizão de governo. Mas pesquisas também mostraram que o seu apoio diminuiu nos últimos meses. A economia deve ter contração de 11,5% este ano, e muitos ucranianos estão decepcionados com a falta de progressos na luta contra a corrupção desde a revolução popular de fevereiro de 2014. De acordo com pesquisa realizada no meio de outubro pela Fundação Iniciativas Democráticas, quase 40% dos eleitores estavam indecisos sobre como votar.
Um forte apoio a Poroshenko o ajudaria a consolidar o poder em meio a planos para alterar a Constituição a fim de delegar mais autoridade para os governos locais. O Parlamento da Ucrânia deu aprovação preliminar para as medidas, que podem receber aprovação final ainda este ano. Mas pesquisas mostram que forças populistas de vários tipos ganharam fôlego nos últimos meses. O partido Pátria, liderado pela ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, manteve-na coalizão governista, mas construiu uma campanha contra muitas das medidas de austeridade do governo. Magnatas industriais poderosos, que foram aliados do presidente deposto Viktor Yanukovych, espalharam o seu apoio entre vários partidos que ganharam terreno, particularmente em seu tradicional reduto no leste do país. Fonte: Dow Jones Newswires.
