Estadão

Ucrânia abate 35 drones sobre Kiev; ataques matam quatro

As defesas aéreas da Ucrânia derrubaram 35 drones de fabricação iraniana sobre Kiev no último ataque noturno da Rússia, enquanto ataques em toda a Ucrânia pelas forças do Kremlin mataram quatro civis, segundo declarações de autoridades nesta segunda-feira, 8.

Os bombardeios aconteceram em meio a um reforço na segurança de Moscou na véspera das tradicionais comemorações da Praça Vermelha que marcam a derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. O país comemora o Dia da Vitória no dia 9 de maio.

De acordo com a mídia russa, pelo menos 21 cidades cancelaram os desfiles militares por conta de preocupações com a segurança.

Destroços de drones atingiram um prédio de apartamentos de dois andares no distrito de Svyatoshynskyi, no oeste de Kiev, enquanto outros destroços atingiram um carro estacionado nas proximidades, afirmou o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, em uma postagem no Telegram.

<b>Russos atacam Odessa e Bakhmut</b>

Segundo Kiev, a Rússia também atacou a cidade portuária de Odessa , mas ninguém ficou feriado. Além disso, seis foguetes russos também atingiram a cidade de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, durante a noite, informou uma autoridade regional, mas os projeteis caíram em uma área industrial da cidade, sem causar vítimas.

Moscou também segue bombardeando a cidade de Bakhmut. Kiev apontou que o exército russo espera tomar o controle total da cidade até terça-feira, dia 9.

No domingo, 7, o chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, apontou que o grupo deve continuar em Bakhmut após ameaçar que poderia deixar a região por falta de munições.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, disse nesta segunda-feira que enviou um projeto de lei ao parlamento propondo que o Dia da Memória e da Vitória sobre o nazismo na Segunda Guerra Mundial seja celebrado no dia 8 de maio no país e um Dia da Europa ocorra no dia 9 de maio, distanciando ainda mais Kiev de Moscou.

Zelenski comparou os objetivos da Rússia na Ucrânia aos dos nazistas. "Infelizmente, o mal voltou", apontou Zelesnki no Telegram. "Embora agora seja outro agressor, o objetivo é o mesmo – escravização ou destruição", afirmou.

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