Estadão

Ucrânia ataca base militar na Rússia pelo segundo dia seguido

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reuniu-se com conselheiros militares para discutir a segurança interna do país nesta terça-feira, 6, após a Ucrânia atacar pelo segundo dia consecutivo alvos militares em território russo. De acordo com autoridades ligadas ao Kremlin, Kiev realizou um ataque com drone próximo a um aeroporto que opera voos militares e civis nesta terça.

Roman Starovoit, governador da região russa de Kursk, confirmou que ao menos um drone atingiu uma instalação de petróleo perto de um aeroporto na região fronteiriça com a Ucrânia. Segundo Starovoit, serviços de emergência foram acionados para apagar o incêndio e ninguém ficou ferido.

Vídeos e imagens compartilhados pelas redes sociais mostram um grande incêndio com nuvens de fumaça visíveis de toda a cidade em Kursk. Algumas gravações foram compartilhadas nas redes sociais pelo conselheiro do Ministério das Relações Exteriores ucraniano Anton Gerashchenko. Ele não reivindicou a autoria do ataque.

Um dia antes, a Ucrânia já havia usado drones para atacar duas bases militares russas a centenas de quilômetros dentro da Rússia – o aeroporto de Engels, na região de Saratov, e a base militar de Diagilevo, no centro de Ryazan -, de acordo com o Ministério da Defesa russo e um alto funcionário ucraniano que falou sob condição de anonimato com o <i>The New York Times</i>.

O relatório do Ministério da Defesa da Rússia sobre os ataques desta segunda-feira, 5, apontam que três soldados morreram e outros quatro ficaram feridos durante os bombardeios. Duas aeronaves também teriam sido danificadas.

Em uma atualização sobre o andamento da guerra nesta terça-feira, a Ucrânia confirmou que 15 ataques contra pessoal, armas e equipamentos militares russos foram realizados na segunda-feira, com outros cinco ataques visando posições inimigas com sistemas de mísseis antiaéreos, disse. O anúncio não mencionou especificamente ataques dentro do território russo.

Em Moscou, Putin marcou uma reunião do Conselho de Segurança para discutir como garantir a "segurança interna", mas o Kremlin não deu detalhes sobre quais pontos específicos seriam discutidos e que tipo de anúncio ou abordagem poderia sair deste encontro da cúpula de Defesa.

Falando à imprensa separadamente, o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, disse que as autoridades estão tomando medidas "necessárias" para proteger o país dos ataques ucranianos. "É claro que a intenção abertamente declarada do regime ucraniano de continuar com esse tipo de ato terrorista é um fator perigoso", afirmou. (Com agências internacionais).

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