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Ucrânia: chefe do sistema ferroviário nega destruição de tanques em ataque russo

O chefe do sistema ferroviário da Ucrânia, Oleksandr Kamyshin, rejeitou a alegação de que havia tanques fornecidos por países do Leste Europeu em empresa atingida por mísseis russos. Ele disse que quatro mísseis atingiram a fábrica de reparos de automóveis de Darnytsia, mas nenhum equipamento militar foi armazenado lá. Kamyshin afirmou que o local foi usado para consertar gôndolas e transportadores de grãos para exportação de produtos.

"A Rússia mentiu mais uma vez", escreveu ele no Telegram. "O verdadeiro objetivo (da Rússia) é a economia e a população civil. Eles querem bloquear nossa capacidade de exportar produtos ucranianos."

Em uma postagem no mesmo aplicativo, o Ministério da Defesa russo havia afirmado mais cedo que mísseis de alta precisão e longo alcance foram usados. A pasta afirmou que os ataques nos arredores de Kiev haviam destruído tanques T-72 fornecidos por países do Leste Europeu e outros veículos blindados localizados em edifícios de uma empresa.

Em uma entrevista na televisão que foi ao ar neste domingo, 5, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, atacou as entregas ocidentais de armas para a Ucrânia, dizendo que pretendem prolongar o conflito. Fonte: Associated Press.

Putin disse que Moscou atingiria alvos que ainda não atingiu se o Ocidente prosseguisse com tais entregas. Não ficou imediatamente claro se Putin estava se referindo a novos alvos dentro ou fora das fronteiras da Ucrânia.

As forças russas atacaram pontos de infraestrutura no início desse domingo em Kiev. A operadora da usina nuclear da Ucrânia, Energoatom, disse que um míssil atingiu a usina nuclear de Pivdennoukrainsk, cerca de 350 quilômetros ao sul, a caminho da capital – e citou os perigos de um quase acidente.

Kiev não enfrentava nenhum desses ataques desde a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres, em 28 de abril. O ataque desta manhã desencadeou alarmes e mostrou que a Rússia ainda tinha capacidade e vontade de atingir o coração da Ucrânia desde que abandonou sua ofensiva mais ampla em todo o país para concentrar seus esforços no leste.

Os ataques pareciam mirar impedir o reabastecimento de combatentes ucranianos, uma preocupação crescente em Moscou.

Em uma entrevista na televisão hoje, Putin atacou as entregas ocidentais de armas para a Ucrânia, dizendo que pretendem prolongar o conflito. "Todo esse barulho em torno de entregas adicionais de armas, na minha opinião, tem apenas um objetivo: prolongar o conflito armado o máximo possível", disse Putin, aludindo a planos dos EUA de fornecer vários sistemas de lançamento de foguetes para Kiev. Ele insistiu que tais suprimentos provavelmente não mudariam muito para o governo ucraniano. Segundo ele, seriam apenas compensações para as perdas de foguetes de alcance semelhante que eles já tinham.

Se Kiev receber foguetes de longo alcance, acrescentou, Moscou "tirará as conclusões apropriadas e usará nossos meios de destruição, que temos em abundância, para atacar os alvos que ainda não atingimos". Fonte: Associated Press.

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