A União Europeia (UE) apresenta nesta quarta-feira, 18, um plano para "reduzir rapidamente a dependência da Rússia em combustíveis fósseis e avançar mais rápido na transição verde", segundo mensagem no Twitter da Comissão Europeia, braço executivo do bloco. Em comunicado, a UE detalha a iniciativa, batizada de "RePowerEU", para enfrentar a "crise climática e de energia, agravada pela invasão russa na Ucrânia".
A UE diz que as ações de Moscou exacerbam um quadro já "apertado" nos mercados globais de energia e provocam riscos à oferta pelo mundo, provocando altas nos preços. O bloco diz estar interessado em parcerias de longo prazo e mutuamente benéficas, impulsionando a energia renovável e aumentando a eficiência pelo mundo e cooperando em tecnologia verde e inovação.
No comunicado, a União Europeia diz que reafirma seu compromisso em reduzir as importações da Rússia em energia. No caso do gás russo, a maioria dele será substituído por fontes renováveis e de baixa emissão de carbono, bem como com economias. "No curto prazo, uma parte substancial terá de ser substituída por fontes e rotas de oferta diversificadas", aponta.
A UE diz que conseguirá coordenar a demanda em uma rede e o uso de infraestrutura, negociar com parceiros internacionais e preparar compras conjuntas de gás natural liquefeito (GNL) e hidrogênio.
A intenção do bloco é aumentar compras de GNL de EUA e Canadá e também um gasoduto desse gás a partir da Noruega. A UE ainda irá reiniciar o diálogo no setor de energia com a Argélia, intensificar cooperação com o Azerbaijão, buscar acordos políticos com fornecedores de gás como Egito e Israel, cooperar com grandes produtores no Golfo, como o Catar, e também com a Austrália, e ainda a coordenação com compradores de gás, como Japão, China e Coreia do Sul.
A UE afirma que o plano ajudará a garantir a oferta de energia e a reconstruir o setor de energia da Ucrânia, após a guerra local. O texto menciona também medidas para acelerar na transição verde na energia, como um mercado global de hidrogênio renovável e parcerias com a África nessa frente.