O principal diplomata da União Europeia (UE) se juntou a um crescente grupo internacional de críticos de supostos crimes de guerra cometidos por tropas russas contra civis na Ucrânia. Chefe de política externa da UE, Josep Borrell disse nesta segunda-feira (4) que "autoridades russas são responsáveis por essas atrocidades" e estão "sujeitas à lei internacional de ocupação".
Autoridades ucranianas alegam que os corpos de ao menos 410 civis foram encontrados em áreas próximas à capital do país, Kiev, após o recuo de tropas russas na semana passada. Muitos dos cadáveres tinham as mãos amarradas, ferimentos de tiros à queima-roupa e sinais de tortura. Líderes internacionais condenaram as supostas atrocidades e pediram sanções mais duras contra Moscou.
Agindo de forma coordenada com EUA, Reino Unido e outros parceiros internacionais, a UE vem impondo sanções cada vez mais duras à Rússia desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro. Borrell disse que a UE vai discutir, em caráter de urgência, a possibilidade de mais sanções contra Moscou.
<b>Polônia</b>
O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, defendeu nesta segunda-feira que o Ocidente imponha sanções ainda mais pesadas contra a Rússia, destacando que a Alemanha particularmente deveria ser mais favorável às punições, após supostos crimes de guerra cometidos por tropas russas contra civis na Ucrânia.
Morawiecki descreveu a Rússia como um estado "fascista/totalitário" que cometeu atrocidades contra civis ucranianos. Ele também pediu a formação de um comitê internacional para investigar o caso. Segundo Morawiecki, as acusações de Kiev precisam ser julgadas como "crime de genocídio". Fonte: Associated Press.