A democrata-cristã Roberta Metsola, de Malta, foi eleita nesta terça-feira (18) como presidente do Parlamento Europeu para um mandato de dois anos e meio após a morte do socialista David Sassoli na semana passada. Metsola é a terceira mulher a ser eleita para o cargo. Aos 43 anos, tornou-se a pessoa mais jovem a ocupar a presidência da instituição.
Ela foi a candidata do maior grupo do Parlamento Europeu e recebeu 458 dos 616 votos expressos. Ela já havia servido como presidente interina desde a morte de Sassoli em 11 de janeiro. A eleição para presidente do Parlamento Europeu para a segunda metade da legislatura estava planejada há muito tempo, mas tornou-se mais urgente após a morte de Sassoli, que estava doente há vários meses e decidiu não buscar a reeleição.
Metsola liderará uma instituição que cresceu em poder ao longo dos anos e tem sido fundamental para definir o rumo do bloco de 27 países em questões como economia digital, mudanças climáticas e Brexit. Conhecida por ser uma "construtora de pontes", Metsola disse que se ajustará ao estilo de trabalho de Sassoli.
"David lutou muito para colocar as pessoas na mesma mesa. É nesse compromisso de manter unidas as forças construtivas na Europa que vou me basear", disse ela. Além disso, ele fez referência a grandes figuras políticas da Europa do pós-guerra, como o democrata cristão alemão Helmut Kohl e o socialista francês François Mitterrand para superar as divisões partidárias e servir de guia.
Como legisladora da UE, Metsola tem sido um líder em questões de migração. Embora muito progressista em relação aos direitos das mulheres e questões LGBT, a mãe de quatro filhos adotou uma postura mais conservadora em relação ao aborto, refletindo a política de seu país. Nesta terça-feira, ele disse que defenderá firmemente a posição majoritária da Câmara em favor do direito ao aborto. Fonte: Associated Press.