As novas sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia, anunciadas nesta sexta-feira, endurecem as penalidades financeiras sobre os bancos do país, fabricantes de armas e contra sua maior empresa de petróleo. O objetivo é punir Moscou pelo o que o Ocidente considera como esforços para desestabilizar a Ucrânia.
As medidas, cujos detalhes foram divulgados nesta sexta-feira após acordo preliminar na quinta-feira, amplia o âmbito das penalidades anteriores. Os Estados Unidos também devem anunciar mais sanções nesta sexta-feira.
A UE ampliou os limites para que algumas empresas russas captem dinheiro nos mercados europeus. As restrições passam a ser aplicadas não apenas aos bancos, mas também à petroleira Rosneft, empresas do setor de defesa, à operadora de oleodutos Transneft e à subsidiária de energia da gigante Gazprom, entre outras empresas.
Foram também ampliados os limites sobre a exportação de produtos de alta tecnologia da UE, que possam ser usados para fins militares.
O congelamento de ativos e a proibição de viagem foi expandida para mais 24 autoridades, dentre as quais estão o presidente do Parlamento e líderes dos separatistas no leste ucraniano. A medida também atinge o empresário Sergei Chemezov, que segundo a UE é um dos “colaboradores próximos” do presidente Vladimir Putin.
No setor petrolífero, empresas da UE não poderão assinar novos contratos de prospecção, exploração e serviços relacionados em águas profundas, petróleo de xisto ou na região russa do Ártico.petróleo de xisto.
As sanções não atingem o setor de gás russo, já que muitos países da UE são muito dependentes do produto russo.
As medidas devem atingir a já debilitada economia russa. “Embora as empresas atingidas não estejam sob ameaça de uma crise de liquidez imediata, os bancos e empresas afetados vão perceber a forte contração no refinanciamento de curto prazo”, disse o diretor financeiro da Associação de Bancos Alemães, Michael Kemmer. Fonte: Associated Press.