A União Europeia (UE) decidiu impor sanções contra as duas filhas do presidente da Rússia, Vladimir Putin – Maria Vladimirovna Vorontsova e Ekaterina Vladimirovna Tikhonova. Além disso, outras 214 pessoas e 18 entidades sofreram restrições.
De acordo com decisão publicada no Diário Oficial da UE, Maria, a filha mais velha, é coproprietária da empresa Nomenko, envolvida no maior projeto de investimento privado da Rússia em saúde.
Já Ekaterina lidera a iniciativa de desenvolvimento Innopraktika, financiada por importantes empresas russas cujos diretores são membros do círculo íntimo de oligarcas próximos ao presidente Putin.
Os critérios de designação incluem "pessoas e entidades que apoiam e beneficiam a Rússia e que fornecem uma fonte substancial de receitas ao país", além de "empresas que apoiem material ou financeiramente ações que prejudiquem ou ameacem a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia".
Entre os indivíduos que sofreram sanções estão Viatcheslav Moshe Kantor, grande acionista do Acron Group, um dos maiores produtores de fertilizantes da Rússia; Aleksei Pimanov, propagandista e chefe da holding de mídia Krasnaya Zvezda, de propriedade do Ministério da Defesa da Rússia; Vladimir Sungorkin, diretor geral e editor-chefe do Komsomolskaya Pravda, "sendo um dos principais atores na manipulação de informações estrangeiras e atividades de interferência", segundo o texto, e Pavel Nikolayevitch Gusev, chefe do principal tabloide russo Moskovskiy Komsomolets, "que apoia a narrativa e as ações do Kremlin que minam ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia".