A União Europeia (UE) instou Israel a pôr fim imediatamente à sua operação militar em Rafah. Segundo comunicado emitido nesta quarta-feira, 15, pelo Alto Representante do bloco, Josep Borrell, a operação está perturbando ainda mais a distribuição de ajuda humanitária em Gaza e provocando mais deslocamentos internas, exposição à fome e sofrimento humano. "Se Israel continuar a sua operação militar em Rafah, isso colocará inevitavelmente uma forte pressão nas relações da UE com Israel", diz o documento.
"Embora a UE reconheça o direito de Israel de se defender, o país deve fazê-lo em conformidade com o Direito Humanitário Internacional e proporcionar segurança aos civis". O bloco apela a Israel para que se abstenha de agravar ainda mais a já grave situação humanitária em Gaza e reabra o ponto de passagem de Rafah. "Mais de um milhão de civis estão abrigados em Rafah e nos arredores e foram instruídos a evacuar para áreas que, segundo as Nações Unidas, não podem ser consideradas seguras", diz a publicação.
"Apelamos a todas as partes para que redobrem os seus esforços para alcançar um cessar-fogo imediato e a libertação incondicional de todos os reféns detidos pelo Hamas", conclui.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que o país "fará o que tiver de fazer" com relação ao atual conflito com o Hamas. Em entrevista à CNBC, o dirigente indicou que agradece o apoio que recebeu dos Estados Unidos desde o começo da recente guerra, mas que há uma divergência sobre Gaza com o governo americano, especialmente sobre Rafah.