A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou, em vídeo publicado nesta segunda-feira, que o órgão mantém conversas com outros produtores de gás natural e tem parceria com o governo dos Estados Unidos por segurança energética, caso a Rússia decida cortar o suprimento do combustível à União Europeia (UE), em meio às tensões geopolíticas que envolvem a atividade militar russa na fronteira da Ucrânia.
"De fato, esta seria uma situação severa, mas nós fizemos o nosso dever de casa e estamos trabalhando intensivamente para prevenir esta situação", disse ela, antes de destacar um acordo por segurança energética com o presidente Joe Biden, a construção de mais de 20 terminais produção de gás natural liquefeito na Europa e conversas com outros produtores globais "que estão muito interessados em preencher a potencial lacuna deixada pela Rússia", de acordo com von der Leyen.
A dirigente da Comissão também ressaltou os investimentos feitos pela UE em energia renovável, setor no qual o bloco é "completamente independente".
Com a escalada das tensões nas últimas semanas, von der Leyen defendeu que a alternativa diplomática não pode ser abandonada. "Mas em caso de qualquer agressão militar adicional da Rússia contra a Ucrânia, haverá consequências severas" em forma de um "pacote de sanções robusto", completou.
As sanções preparadas pela UE contra o governo de Vladimir Putin, que serão aplicadas caso ele decida invadir a Ucrânia, tem como foco o setor financeiro e o acesso da Rússia a produtos cruciais para sua economia, segundo Ursula von der Leyen.