Opinião

Um dia de respeito a quem se dedica ao voluntariado


Neste domingo, 5 de dezembro, comemora-se o dia mundial do voluntariado. Segundo definição das Nações Unidas, “o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos…” Em função disso, cabe aqui uma pequena homenagem a esses atores sociais, verdadeiros agentes de transformação da sociedade.


Para não cometer qualquer injustiça, não se mencionará aqui nome de ninguém. Mas – felizmente – não é difícil localizar à nossa volta pessoas desprendidas que não economizam esforços pelo bem comum. O que mais cativa neste tipo de trabalho é a ausência de qualquer expectativa de obter ganhos materiais quando se faz o bem. O retorno, longe de ser financeiro – relatam quem leva o voluntariado às últimas consequências – vem em forma de um sentimento nobre: a gratidão daqueles que de diferentes formas são os beneficiados.


O impulso solidário pode atender tanto às necessidades do próximo ou aos imperativos de uma causa, como às suas próprias motivações pessoais, sejam estas de caráter religioso, cultural, filosófico, político, emocional. Existem também diferentes formas de engajamento. As ações mais permanentes, por exemplo, implicam em maiores compromissos, requerem um determinado tipo de voluntário, e podem levá-lo inclusive a uma “profissionalização voluntária”. Mas há também ações pontuais, esporádicas, que mobilizam outro perfil de indivíduos.


Muita gente, porém, não consegue entender o que leva um pai de família, por exemplo, a deixar muitas vezes mulher e filhos em casa para dispender parte de seu tempo livre a uma causa social. Neste sentido, vale destacar que, do ponto de vista religioso, acredita-se que a prática do bem salva a alma. Já numa perspectiva social e política, pressupõe-se que a prática de tais valores zelará pela manutenção da ordem social e pelo progresso do homem. A caridade, reforçada pelo ideal, as crenças, os sistemas de valores, e o compromisso com determinadas causas são componentes vitais do engajamento. Não se deve esquecer, contudo, o potencial transformador que essas atitudes representam para o crescimento interior do próprio indivíduo.


Geralmente, quando as motivações tem cunho pessoal, a doação de tempo e esforço ocorrem como resposta a uma inquietação interior que é levada à prática. Já quando o interesse surge em nome de uma causa social, a tomada de consciência dos problemas leva o voluntário a confrontar com a realidade, o que leva à luta por um ideal ou ao comprometimento com uma causa.


Independente da motivação, tempo dedicado, objetivos, respostas obtidas, reforça-se aqui o importante papel que todos os voluntários têm para a sociedade brasileira. Com a ajuda, por menor que seja, de cada um, com certeza é possível fazer um mundo melhor. Caso você tenha condições, ganhe um pouco de seu tempo livre e faça o bem. Com certeza, a recompensa será gratificante.

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