Nada como um dia após o outro. Menos de 24 horas depois de ser atacado pelo vereador Romildo Santos (DEM), o secretário municipal de Saúde, Sérgio Iglesias, teve a oportunidade de ir à Câmara Municipal para audiência pública quando apresentou os resultados do 3º quadrimestre de 2017. Em vez de falácias como seu interlocutor à véspera, o titular da Pasta respondeu – sem citar o parlamentar uma vez sequer – com resultados. E olha que os números não deixam dúvidas sobre a melhora nos índices da saúde pública em Guarulhos.
Números positivos
Lógico que existem problemas, conforme ressaltou Iglesias, que fez questão de frisar que procura focar suas atenções em dados negativos. “As conquistas merecem comemoração. Mas eu estou preocupado exatamente nos pontos em que há problemas. Estamos aqui para resolver”, salientou. Entre tantos dados apresentados, o secretário escolheu um que – segundo ele – é “o espelho principal da saúde”: o índice de mortalidade infantil. Em 2017, primeiro ano da gestão do prefeito Guti a queda foi de 8,1%, baixando de 12,4 para 11,4 mortes de crianças para cada grupo de mil nascidas vivas.
Resultado de trabalho
Iglesias deixou claro que essa queda não ocorreu por acaso. É reflexo de um conjunto de ações implementadas na saúde pública. “Se você não faz a cobertura vacinal adequada, a taxa sobe. Se você não aumenta o número de partos normais, a taxa sobe. Se não realiza um pré-natal adequado, idem. E se não promover um atendimento adequado às crianças até o primeiro ano de vida também. Ou seja, há melhoras em diversas ações do atual governo que se traduzem na queda da taxa”, explicou.
Nem os de sempre
A explanação de Iglesias foi tão convincente que nem mesmo Romildo, que passou pela audiência, como os opositores de sempre “que falam demais por não ter nada a dizer” tiveram de se curvar. A vereadora Janete Pietá (PT), como não poderia deixar de ser, tentou fazer espuma, falou, falou, falou e não disse quase nada aproveitável. Tentou atacar o HMU com o velho discurso de que “por fora é belo, mas por dentro é um horror”. Iglesias, com um lord “inglês”, não se exaltou. Rebateu lembrando a parlamentar sobre a “sala 10”.
Ah, a sala 10!!!!!
O secretário lembrou dos horrores que era a conhecida “sala 10” do HMU durante os anos em que o PT administrou Guarulhos. “A senhora deve se lembrar como era aquilo, com macas umas encostadas às outras, um ambiente hostil, sem quaisquer condições humanas, não é?”. Em seguida, emendou: “Hoje, os pacientes ficam em camas hospitalares, com espaços entre elas, separadas por cortinas que garantem a privacidade e a dignidade de cada um”. Iglesias concordou que o hospital ainda tem muito o que melhorar e trabalha muito para isso. “ou alguém aqui acha que eu gosto de ver coisas erradas?”.
Longe do ideal
Numa demonstração de que não fecha os olhos para os problemas em sua área. Iglesias lamentou a alta taxa de ocupação HMU, que chega a 107%. “Esse número é vergonhoso, excede a capacidade e a disponibilidade do hospital.” Ele comparou com um restaurante que tem apenas 100 lugares e recebe 110 pessoas para o jantar. “Pelo menos 10 ficarão acomodados de forma precária. Mas nós vamos mudar isso. O ideal é que cheguemos numa taxa entre 85% e 90%”, revelou.