Selecionando exclusivamente fotos feitas pelo celular, o Mobile Photo Festival 2020 chega à sétima edição sob o comando de seu fundador, o fotógrafo Ricardo Rojas, trazendo ao Brasil imagens de todo o mundo e revelando para o País nomes como o italiano Claudio Ceron, que venceu o prêmio na categoria Ensaio Fotográfico. Ceron assina uma série que documenta o seu cotidiano durante a quarentena. Além dessa, são sete as categorias do Mobile, primeiro festival brasileiro dedicado a fotos digitais pelo celular, que já teve entre fotógrafos convidados profissionais consagrados como Cristiano Mascaro, Maureen Bisilliat e Penna Prearo.
Parceria com o Museu da Imagem e do Som (MIS), o Mobile Photo Festival, que tem patrocínio da Epson, cresce a cada edição. Nesta, o festival contou com um júri internacional composto por Joanne Carter, Richard Koci Hernandez e Marina Sersale, entre outros. Devido à pandemia, a exposição das fotos dos vencedores só deve acontecer no MIS quando as atividades presenciais do museu forem retomadas, segundo anunciou o diretor do museu, Cleber Papa.
Realizado desde 2014, sempre no MIS, o festival deste ano obrigou seus organizadores a abrir uma live na plataforma do museu, no YouTube. Lá poderão ser vistas as fotos vencedoras de cada uma das sete categorias, além do ensaio do italiano Claudio Ceron, que, curiosamente, dialoga com as fotos experimentais dos pioneiros do Foto Cine Clube Bandeirante. São imagens em preto e branco dos objetos de sua casa.
Outro premiado internacional (na categoria foto documental) é o chinês Mark Lam, nascido em 1968, que mora em Hong Kong. Sem educação formal em fotografia, ele usa seu smartphone para registrar basicamente pessoas (na chuva, em particular), focando no efêmero. "O bom é que contamos com um corpo de jurados ligado à fotografia, o que permite ao festival agregar fotógrafos que podem ser ou não profissionais, mas cuja produção é de excelente qualidade", diz o fundador do Mobile, Ricardo Rojas.
Aos poucos, o preconceito que existia contra fotos pelo celular, observa ele, deixa de existir, até mesmo em função do aprimoramento das câmeras dos smartphones.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>