Opinião

Um novo atendimento médico

São João, uma das regiões de Guarulhos mais carentes de serviços públicos, ganha neste domingo uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), construída com recursos do Governo Federal. Trata-se de um equipamento, cuja missão é oferecer assistência de urgência e emergência, evitando que os pacientes tenham de disputar espaço com casos mais graves em hospitais. Extrapola o conceito das UBS (Unidades Básicas de Sáude), onde ocorrem os atendimentos ambulatoriais. Porém, não chega a ser um hospital, uma necessidade real daquela região, onde são realizados os tratamentos mais complexos.


Pelo que a Secretaria Municipal de Saúde apresentou à imprensa, a UPA funcionará como os velhos prontos-socorros, equipamentos que atuavam como portas de entrada para a população nos casos médicos não previstos. Aliás, com as reformulações que foram realizadas nos últimos anos na saúde pública, poucos hospitais têm condições de receber pacientes de forma inesperada. Muitas vezes, casos que poderiam ser resolvidos de maneira simples acabam sendo encaminhados para unidades maiores, onde – naturalmente – as demandas são bem mais complexas.


Na UPA São João, o serviço será totalmente informatizado. A Prefeitura garante que a unidade está equipada com aparelhos de ponta, como o raio X digital, que permite a emissão de laudos à distância, sem necessidade de revelação da chapa. Com 1.384 m² de área construída, tem capacidade para atender mais de 600 pessoas por dia, oferecendo assistência em clínica médica, pediatria, ortopedia e urgências odontológicas, além de exames laboratoriais, eletrocardiograma e raio X digital. São 20 leitos, entre adulto e infantil.


Para dar conta de toda a demanda, a Saúde garante que 250 profissionais estarão a postos, desde atendentes até médicos. Talvez aí resida o maior problema, já que a falta de profissionais capacitados na rede municipal de saúde é latente. Tanto que a Secretaria encontra sérias dificuldades para conseguir contratar médicos, principalmente.


A UPA São João é bem vinda, apesar da região ter a capacidade e a necessidade de um hospital completo. Aliás, esse é um dos compromissos da atual administração, desde a campanha eleitoral de 2008. Espera-se que a UPA, o possível até agora, seja apenas um passo para a construção de uma unidade hospitalar completa. A população precisa demais disso.

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