Na garupa do decreto assinado anteontem pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), com as diretrizes de serviços de compartilhamento de bikes na capital, um novo serviço vem ganhando as ciclovias. Trata-se do Bikxi, mistura de bike com táxi. O funcionamento é semelhante ao dos aplicativos de transporte por carros, como Uber e Cabify: o usuário chama um veículo e faz o trajeto.
No caso da Bikxi, são bicicletas elétricas com dois lugares – ou seja, o condutor e o passageiro. O serviço estreou há 20 dias, de forma experimental e ainda sem cobrança, por enquanto só na ciclovia da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste. No período, foram feitas cerca de mil corridas. O idealizador do sistema é o economista Danilo Lamy, de 30 anos.
Ele lançou o projeto após viver três anos fora do País. Voltou a São Paulo e, ao se deparar novamente com o desanimador trânsito, resolveu criar a startup. Ele ainda não divulga o valor que o serviço vai custar, quando a cobrança começar. “Mas será mais barato que o preço de uma passagem de ônibus.” Atualmente, 11 bikes estão na operação. O objetivo é que o Bikxi seja usado para trajetos curtos, facilitando a chegada do passageiro a outros modais.
Um dos condutores é Ricardo Machado, de 49 anos, que há quatro anos “vive” a bicicleta. Ele alterna o trabalho na Bikxi com serviços de bike courier (de entrega) e venda de peças para bicicletas. “Achei a ideia fantástica”, conta ele, que se candidatou à vaga porque viu uma postagem no Facebook.
Jornalista de tecnologia, Silvia Bassi, de 55 anos, já usou o serviço cinco vezes, no trajeto de casa para o trabalho. “Foi libertador: o trânsito nojento e a gente pedalando no meio, como se estivesse em um universo paralelo.” A assistente de viagens Vanessa Passos, de 33 anos, também se impressionou. “É confortável e tem compartimento para guardar coisas. O condutor me deu até touquinha para não bagunçar o cabelo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.