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Um terço dos distritos da capital paulista não tem leito hospitalar

Quase um terço dos 96 distritos da capital paulista não tem leito hospitalar e a variação entre a oferta desse tipo de serviço entre os bairros paulistanos chega a 881 vezes. Os números fazem parte do Mapa da Desigualdade em São Paulo, apresentado na terça-feira, 19, pela Rede Nossa São Paulo. Essa publicação mostra ainda distorções em indicadores de educação, cultura, habitação e segurança, por exemplo.

No caso da saúde, o mapa revela que enquanto o Jardim Paulista, na zona oeste, tem 35,53 leitos por mil habitantes, a Vila Medeiros, distrito da zona norte com o pior índice desse tipo de serviço, tem taxa de 0,04.

Trinta distritos, a maioria deles localizados na periferia da cidade, não têm nenhum leito hospitalar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o índice de 2,5 a 3 leitos por mil habitantes.

A Prefeitura de São Paulo promete entregar três novos hospitais até o fim desta gestão nos bairros de Parelheiros e Vila Santa Catarina (ambos na zona sul) e de Brasilândia (na zona norte).

O documento mostra ainda que quase dois terços dos distritos paulistanos não contam com centros culturais nem qualquer outro espaço de cultura. Cinemas e teatros são inexistentes para o mesmo porcentual de bairros.

O mapa aponta ainda leve crescimento de domicílios em favelas desde 2010. O índice de casas nesse tipo de área passou de 10,8%, em 2011, para 11,1%, em 2014. Enquanto a Vila Andrade, na zona oeste, tem quase metade das suas casas em favelas (49%), Pinheiros, na mesma região, tem apenas 0,08% de domicílios nessa condição.

Criminalidade

Os índices de criminalidade também são bastantes variáveis de acordo com o distrito. Enquanto em Marsilac (zona sul), distrito mais violento da cidade, a taxa de homicídios de 2013 foi de 6,16 casos por 10 mil habitantes, em Perdizes, na zona oeste, a taxa não passou de 0,17 óbitos por 10 mil habitantes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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