Opinião

Uma cidade em construção


Ao completar 451 anos, Guarulhos precisa olhar para frente sem nunca se esquecer de todo esse passado de história que fez com que a cidade se tornasse uma metrópole, a segunda do Estado de São Paulo em número de habitantes e entre as dez maiores produtoras de riquezas do país. Assim, o tema escolhido para a edição especial de aniversário é “Guarulhos, uma cidade em construção”, dado ao caráter expansivista do município, que não para de crescer em diferentes aspectos.


Obviamente, em um dia de festas, como neste 8 de dezembro, as pessoas buscam exaltar apenas os aspectos positivos da aniversariante. É tempo de inaugurações de novas obras, de apresentação de projetos positivos para a população, hora de brindar os munícipes com notícias boas. Porém, não se pode deixar para trás erros passados ou problemas que inibem o desenvolvimento local.


Por toda sua grandeza, Guarulhos convive com uma série de questões de difícil resolução. Impossível, por exemplo, querer que um só administrador tenha condições de resolver sozinho – de uma hora para outra – todos esses problemas. Para isso, é necessário que haja um grande engajamento das classes políticas e empresariais com o objetivo único de mirar o avanço da cidade não apenas em número de habitantes, mas principalmente em índices sociais.


Por mais que seja dia de festas, é dever de todo guarulhense lutar para que mais e mais habitantes tenham oportunidades para se destacar perante a sociedade. Assim, a constante construção de Guarulhos sempre deve levar em conta a erradicação da miséria, das mais diferentes formas. Mais do que tijolo e aço, presentes em tantas obras, urge que os administradores apresentem soluções que visem melhorar a vida das pessoas.


Isso só será possível quando Guarulhos conseguir dar mais educação, saúde, saneamento básico, habitação, transporte público, entre outros serviços, de qualidade a todos, independente das classes sociais. Não é utópico querer viver em um município onde todos tenham, pelo menos, a oportunidade de ter acesso a algo – muitas vezes relegado a segundo plano – que se chama dignidade.

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