Opinião

Uma nova crise mundial se anuncia

Por mais que o Brasil tenha conseguido passar à margem da crise mundial de 2008, sendo o último país a entrar e o primeiro a sair, como cansou de falar o ex-presidente Lula na época, o momento econômico pelo qual passa o Planeta faz com que os sinais de alerta se acendam. Existe um clima bastante incero entre as principais potências, principalmente após os Estados Unidos serem rebaixados, no que se refere à capacidade do país em arcar com o pagamento de suas dívidas públicas.


No domingo, a bolsa de Israel foi a primeira a dar o sinal de que a situação nos mercados mundiais poderia ficar ruim. A partir daí, houve reuniões dos presidentes de bancos centrais e de autoridades internacionais do G7 (os sete países mais ricos) e do G20 (os vinte maiores) que provocaram ações preventivas.


Há grande incerteza em relação a Espanha e Itália. Na semana passada, o medo em relação a essas duas economias era grande, porque elas têm de captar no mercado para rolar dívidas algo em torno de US$ 350 bi no segundo semestre. O alerta entre as principais potências é no sentido de se evitar uma nova  crise mundial. Muitos admitem que há pessimismo, mas não é hora de entrar em pânico.


O Brasil entrou em contato com autoridades do G20 e tomou a decisão de não vender títulos do Tesouro americano. O país tem US$ 211 bilhões em papéis da dívida dos EUA.  Outros carregadores da dívida americana, como China, Japão e Inglaterra, garantem que não venderão nada também.


Muita gente por aqui pode até não entender como os problemas macro podem afetar o brasileiro. Porém, uma recessão mundial inevitavelmente aporta por aqui. Impossível acreditar que o Brasil passaria ileso. Ainda mais pelo fato que a situação econômica do país hoje não é tão boa como em 2008. Muitas empresas daqui, inclusive, ainda não se recuperaram do baque causado naquele ano.


Talvez seja o momento do cidadão esperar um pouco para tomar decisões importantes, em relação a compras ou novos investimentos. O próprio setor público pode ser afetado à medida que faltar dinheiro para o financiamento de novas obras. Ou seja, a luz vermelha está acesa. E é necessário ter calma e prudência.

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