A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês) elevou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano, de 0,6% a 0,9%. Se confirmado, o resultado representaria uma forte desaceleração da maior economia da América Latina, após o avanço de 2,9% em 2022, que superou as estimativas da Unctad por alta de 1,8%.
Segundo a entidade, o desempenho no ano passado refletiu a expansão fiscal e a recuperação dos preços de commodities, dois fatores que não estarão mais em vigor, de acordo com a Unctad.
O crescimento mais devagar deve resultar também de uma política fiscal mais restritiva somada aos efeitos atrasados do aperto monetário conduzido pelo Banco Central em 2022, disse a Unctad em relatório.
<b>Argentina</b>
A economia da Argentina também deverá desacelerar neste ano. A Unctad espera uma contração de 0,5% (ante expectativa anterior de retração de 0,8%) devido à queda na produção agrícola por razões climáticas e ao aumento na incerteza monetária e cambial motivada pela inflação crescente e as eleições presidenciais no próximo outubro.
No ano passado, a Argentina cresceu 5,4%, acima da projeção de 4,1% da Unctad, em razão de "condições internacionais favoráveis".