Secretário-geral do União Brasil, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, não garante que o correligionário Luciano Bivar terá palanque único nos Estados, caso o partido mantenha a candidatura dele à Presidência.
Apesar de enfatizar que a entrada de Bivar na disputa foi decisão unânime da sigla, ACM destacou que a pré-candidatura própria não altera a liberdade para que os diretórios estaduais apoiem quem quiser em âmbito nacional.
"Essa pré-candidatura não conflita com a posição de independência de cada Estado. No nosso caso aqui da Bahia, de não ter candidatura à Presidência oficial, de deixar o palanque aberto", afirmou o pré-candidato ao governa da Bahia em entrevista coletiva nesta terça-feira, 3.
"Mais adiante, caso a pré-candidatura se oficialize, vamos ver qual será a posição do União Brasil sobre isso", ponderou o também ex-prefeito de Salvador.
O União Brasil pretende desembarcar da chamada terceira via, que articula lançar um único nome na corrida presidencial, e colocar Bivar na disputa por fora da aliança. Como mostrou o <i>Broadcast Político</i>, ele teria se sentido esnobado por outros partidos do grupo que não levaram a sério sua postulação como pré-candidato à Presidência.
O <b>Estadão/Broadcast</b> mostrou também que o Planalto ameaçou retirar cargos do partido, caso a legenda continuasse a terceira via.
ACM Neto negou ainda que o apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) por parte de candidatos a governador do partido em Mato Grosso e Amazonas signifique uma reaproximação com o presidente.
"Cada Estado tem liberdade para adotar sua estratégia e promover alinhamento político mais adequado. Não há nenhuma surpresa no posicionamento do Amazonas e de Mato Grosso. Não existe orientação nacional de aproximação ou distanciamento com ninguém", declarou.