O Tesouro Nacional precisou desembolsar R$ 649,62 milhões em setembro para honrar débitos bancários com garantias da União que não foram quitados pelos Estados no mês passado. O Estado do Rio de Janeiro liderou a lista de dívidas assumidas pelo Tesouro em setembro, com R$ 475,52 milhões, seguido por Goiás (R$ 77,78 milhões) e Minas Gerais (R$ 75,22 milhões).
Os governos do Amapá (R$ 16,17 milhões) e Rio Grande do Norte (R$ 4,93 milhões) também deixaram de pagar dívidas garantidas pela União no mês passado.
Nos nove primeiros meses de 2021, o gasto da União para honrar essas dívidas chegou a R$ 6,155 bilhões. O Rio de Janeiro lidera com R$ 2,525 bilhão no ano, enquanto Minas Gerais (R$ 2,319 bilhões) e Goiás (R$ 1,064 bilhão) aparecem na sequência. Em 2020, essa conta chegou a R$ 13,331 bilhões.
O governo fluminense está autorizado a não honrar esses compromissos na condição de único a ter feito a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) dos Estados desde 2017.
Além disso, a União está impedida de executar as contragarantias – ou seja, sequestrar parte dos repasses de receitas – de diversos Estados que obtiveram liminares no Supremo Tribunal Federal (STF) nos últimos anos.
No total, desde 2016, a União realizou o pagamento de R$ 39,10 bilhões com o objetivo de honrar garantias concedidas a operações de crédito dos governos regionais.