A gravadora americana Universal reconheceu ter perdido masters (gravações originais) de diversos artistas, como Nirvana e Elton John, no incêndio que atingiu o Universal Studios Hollywood em 2008.
Em 2019, o jornal The New York Times publicou uma investigação que revelou a destruição de cerca de 500 mil gravações, entre elas fitas originais, as chamadas masters.
Em novos documentos anexados a um processo coletivo iniciado por diversos artistas, a gravadora reconheceu pela primeira vez que gravações originais de Nirvana, Elton John, Sonic Youth, Beck, Soundgarden, R.E.M., Sheryl Crow e outros artistas foram danificadas ou perdidas no acidente.
Entre outro artistas citados nos documentos estão Bryan Adams, …And You Will Know Us by the Trail of Dead, David Baerwald, Jimmy Eat World, Les Paul, Peter Frampton, Michael McDonald, Slayer, Suzanne Vega, Surfaris, White Zombie, e Y&T.
Nos documentos, gravações específicas não são mencionadas diretamente, mas o Universal Music Group fornece ideias do que foi afetado e em que instâncias existem "clones digitais" e "substitutos" do material atingido.
No caso de Elton John, por exemplo, os documentos dizem que "algumas masters originais desse artista foram afetadas, e o UMG ainda está trabalhando com o artista para determinar a extensão do impacto".
A gravadora diz que existem cópias e substitutos do material de Nirvana, R.E.M., Soundgarden e do Jimmy Eat World.
Em 2019, representantes do rapper Tupac Shakur e do roqueiro Tom Petty lideravam um grupo de artistas que busca uma indenização de pelo menos US$ 100 milhões por conta do incêndio. Na época, a gravadora prometeu transparência e total colaboração com os artistas, mas o litígio permanece.
As chamadas "master recordings" são fontes únicas utilizadas para criar vinis, CDs e cópias digitais. A perda deste material afeta, além da memória em si, edições póstumas e o lucrativo negócio das reedições.