Após determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Usiminas alterará, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), seu estatuto para que o conselheiro representante dos empregados passe a ser escolhido após voto direto dos empregados da Usiminas. A AGE ocorre no dia 21, segundo a siderúrgica mineira. Já a Assembleia Geral Ordinária (AGO), que tratará da renovação do Conselho, deverá ocorrer em abril.
A CVM estudou o caso no ano passado e entendeu que a vaga destinada aos funcionários está sendo ocupada por um nome indicado pelo controlador e definiu, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a AGO deste ano como data limite. No Conselho da companhia, cada controlador tem três indicações: um é representante dos minoritários, um da Previdência Usiminas e um, na teoria, dos empregados.
Agora, conforme proposta da administração da Usiminas para a AGE, o representante dos empregados no colegiado passará a ser escolhido por meio de eleição direta, em um processo a ser organizado pala empresa e pelos sindicatos. “Por força do disposto nos editais de privatização, poderão votar e se candidatar na referida eleição os empregados aposentados da companhia e de sua subsidiária Usiminas Mecânica, bem como os participantes da Previdência Usiminas”, de acordo com o documento citado.
O estatuto hoje em vigor da Usiminas prevê que “um dos membros efetivos deverá sempre ser um representante dos empregados da companhia. O referido representante será indicado pela Caixa dos Empregados da Usiminas enquanto a mesma detiver 5% das ações ordinárias”.
Na ocasião da privatização da Usiminas, no início da década de 1990, as ações da companhia foram ofertadas aos empregados: 10% das ordinárias e 10% das preferenciais, sendo que os empregados se organizaram por meio do Clube de Investimentos Usiminas (CIU). O próprio edital de privatização deu ao Clube o direito a um assento no conselho.
