O grupo japonês Nippon está tentando chegar a uma solução para a crise que se instaurou com seu sócio, a Ternium, do grupo ítalo-argentino Techint, na Usiminas. Ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, um porta-voz da Nippon disse que companhia está disposta a buscar um desfecho que satisfaça ambas as partes. A Nippon acredita que, se selada a paz, pode ser o caso de o acordo de acionistas, válido até 2032, ser analisado, para uma eventual mudança.
O porta-voz afirmou que não abrirá mão do afastamento dos três diretores destituídos após decisão do conselho de administração em 25 de setembro. Para a Nippon, houve quebra de confiança e, por isso, o retorno é inegociável. A Ternium discorda e a briga está na Justiça. Segundo a Ternium, não há negociações em andamento com a Nippon. A empresa disse estar aberta a negociações desde que seja discutido o retorno desses executivos.
Mesmo com esse litígio, a Nippon disse que a parceria com a Ternium não acabou. O grupo japonês quer a entrada de um executivo de mercado para a presidência da Usiminas. Embora o conflito tenha como origem o recebimento do bônus apontado como irregular, a Nippon admite que as visões das duas companhias sobre gestão já vinham se mostrando muito distintas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.