Cerca de 5 mil corredores e ciclistas se reuniram na manhã de ontem para participar do primeiro treinamento de práticas esportivas na Universidade de São Paulo (USP), no Câmpus Butantã, zona oeste. Em um circuito de seis quilômetros fechado por cones que dividiram as ruas, o percurso esteve aberto aos corredores das 7h às 12h. O ciclismo esportivo foi liberado entre 4h e 6h na Rua do Matão.
Com o apoio de entidades esportivas, o evento teve sinalização feita por funcionários contratados no dia por apoiadores, além de consultoria da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O projeto-piloto é uma das medidas da universidade para regulamentar a atividade física no câmpus, que recebe cerca de 12 mil corredores todos os sábados. Depois que um ciclista morreu atropelado na USP, a instituição quer rever as regras.
O trajeto contemplou as seguintes vias: Avenidas Professor Mello Moraes, Professor Almeida Prado, Professor Luciano Gualberto e Professor Lineu Prestes, além da Praça do Relógio Solar, Rua da Praça do Relógio e Rua do Anfiteatro. Foram instalados totens no percurso, informando o horário de funcionamento das áreas destinadas ao ciclismo e à caminhada.
Mesmo com as limitações, os ciclistas e corredores mantiveram a rotina e usaram trechos fora do percurso delimitado, em diversas vias da cidade universitária. A USP informou que, conforme as regras forem estabelecidas, deverá iniciar um trabalho educativo.
Em alguns pontos da caminhada, grupos esportivos distribuíam frutas frescas e água aos corredores, enquanto avaliavam o projeto. Para o treinador Edson Oliveira, da assessoria esportiva BK Sports, o percurso ficou limitado. “Hoje estava vazio porque choveu, mas imagino que em outros dias isso aqui vai ficar congestionado.” O treinador também reclamou do horário. “Muita gente não vai conseguir vir nesse horário até 6h, é muito cedo”, comentou.
Dezembro. O treinador Ernani de Siqueira, que vem aos sábados para treinar com uma equipe, disse que a ideia é “excelente”, mas precisa de ajustes. Quem aprovou a medida foi o engenheiro Ivan Nogueira, de 54 anos, que usa o espaço há uma década para treinar. “Gostei muito. Assim a gente não fica exposto, são muitos carros e bicicletas”, contou. Outro teste deve ocorrer em dezembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.