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USP torna Goldemberg professor emérito

O físico José Goldemberg, de 88 anos, recebeu na terça-feira, 14, o título de professor emérito da Universidade de São Paulo (USP). Atual presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Goldemberg foi reitor da USP entre 1986 e 1990. Considerado um dos físicos mais importantes do Brasil, especialista em física nuclear e energia, ele se formou na universidade em 1950 e tornou-se professor titular do Instituto de Física em 1970.

A cerimônia de outorga do título de professor emérito – o mais alto da academia – foi realizada no Palácio dos Bandeirantes, na presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e de grande parte dos principais nomes da academia paulista. Segundo Goldemberg, seu maior feito na reitoria da USP foi garantir a autonomia da universidade. “É uma grande honra receber esse título e me sinto recompensado, por exemplo, pelo enorme esforço que fiz para mudar o estatuto da Universidade, que já está vigorando há mais de 25 anos”, disse Goldemberg ao Estado.

Segundo ele, graças à autonomia financeira, conquistada em sua gestão, a USP “atingiu um nível de desempenho e excelência sem precedentes”. “Ela está hoje indubitavelmente entre as 200 melhores universidades do mundo, em um universo de cerca de 10 mil.”

De acordo com Alckmin, a homenagem é justa. “O professor Goldemberg é um dos maiores especialistas em energia do mundo, um físico, um cientista, um professor universitário e um pesquisador renomado no Brasil e no exterior – e tornou-se um grande homem público, sem se afastar da ciência”, disse o governador. Além da extensa atuação acadêmica, na USP e no exterior, Goldemberg foi secretário estadual do Meio Ambiente em São Paulo entre 2002 e 2006, secretário da Ciência e Tecnologia da presidência da República entre 1991 e 1992 e ministro da Educação entre 1991 e 1992.

O reitor da USP, Marco Antonio Zago, destacou a importância do título. “Desde sua fundação em 1934, a USP já teve 27 reitores, mas apenas 17 professores eméritos, incluindo o professor Goldemberg. É mais fácil ser reitor.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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