Usuários do transporte público aproveitaram esta sexta-feira, dia 8, o último dia antes do reajuste da tarifa, para abastecer o bilhete único. Mas nem todos conseguiram. Na Estação Barra Funda, zona oeste, por exemplo, o fechamento de cabines de recarga provocou filas e obrigou passageiros a adquirirem passagens unitárias.
Responsável pelo autoatendimento, a Rede Ponto Certo paralisou o serviço em estações do metrô e terminais de ônibus em dezembro. A empresa alega ausência de reajuste das tarifas, por parte do Metrô e da SPTrans, desde 2011.
A falta do serviço pegou a estudante Amanda Melim, de 25 anos, desprevenida. “Não sabia que não estava recarregando”, disse a jovem, que recorreu à bilheteria da Barra Funda para comprar uma passagem – o local não faz recarrega de bilhete único. “Essa fila assusta.”
No Terminal Bandeira, no centro, ainda era possível fazer a recarga na bilheteria comum. “Vou aproveitar que o preço só sobe amanhã (hoje)”, disse a auxiliar de classe Rosângela Campos, de 32. “Para quem trabalha, a diferença de preço vai fazer falta na mesa”, afirmou o motorista Aparecido Pereira, de 59 anos, que foi ao Terminal Pinheiros, na zona oeste, recarregar o bilhete único com R$ 100. Normalmente, ele gasta R$ 50.
Substituição. O Metrô afirma que 47 das 61 estações têm recarga e multou a Rede Ponto Certo. Já a SPTrans diz que está substituindo gradualmente as máquinas de autoatendimento e os passageiros contam com 9 mil postos de recarga na cidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.