O Ibovespa começou a semana em alta, em sintonia com o exterior, onde as avançam as bolsas europeias e a maioria dos índices futuros em Nova, após uma gama de dados e notícias consideradas positivas, apesar do registro de novos casos de covid-19 no mundo. A última delas é que a Moderna anunciou que a vacina experimental para covid-19 apresentou eficácia de 94,5% na fase 3 depois de a Pfizer ter ido na mesma linha.
Além do reforço de índices mostrando retomada econômica chinesa e japonesa, a busca por ativos de risco ainda é amparada na assinatura de um acordo comercial envolvendo 15 economias da Ásia e do Pacífico, dando origem à maior aliança comercial do mundo com o objetivo de reduzir tarifas. A valorização superior a 3,00% nas cotações do petróleo em meio a expectativas de que a Opep+ manterá os atuais cortes na oferta da commodity além do prazo previsto.
No entanto, o vencimento de opções sobre ações limitar os ganhos, assim como o índice Empire State de atividade industrial na região de Nova York, que caiu de 10,5 em outubro para 6,3 em novembro, frustrando expectativa média do mercado de alta de 12,1.
Às 11h07, o índice futuro Nasdaq cedia 0,14%, enquanto os futuros do Dow Jones (1,57%) e do o S&P 500 (0,96%) desaceleravam alta. O Ibovespa pegava carona, subindo 0,70%, aos 105.458,48 pontos, após máxima aos 106.255,88 pontos.
Para que o bom humor prevaleça, o governo brasileiro precisa ao menos sinalizar que retomará a pauta de reformas, mesmo que não consiga aprovar nada nesta reta final do ano, analisa o estrategista-chefe da Levante Ideias de Investimentos, Rafael Bevilacqua. "Só não pode acontecer uma bobagem no Brasil, envolvendo, por exemplo, o fiscal. É preciso um mínimo de sintonia e indicação de retomada das pautas pró-reforma", diz.
O economista-chefe do Modal Mais, Álvaro Bandeira, acrescenta que o avanço do Centrão nas capitais do País nesta eleição, apesar de indicar retomada de reformas, pode ficar cara para o presidente Jair Bolsonaro. "Como ficará mais forte, pode cobrar mais caro por isso", supõe.
Apesar da cautela, o tom ainda é positivo, depois de dados China mostrarem recuperação da economia. O estrategista cita ainda o crescimento de 21,4% do PIB japonês no terceiro trimestre ante igual período de 2019. "É um baita avanço, e outras economias como EUA e China estão nessa mesma toada. Acredito que daqui para frente, as notícias só serão nessa linha retomada e de vacinas, ajudando na retomada global", afirma. "Sem covid-19 e com recuperação global, o bom humor deve vigorar", avalia.
Na seara de balanços, a Cemig reverteu prejuízo do terceiro trimestre de 2019 para lucro líquido de R$ 545,4 milhões em igual período deste ano. O lucro, antes de juro, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado da companhia somou R$ 1,4 bilhão (ante R$ 195,4 milhões no terceiro trimestre de 2019), enquanto o ajustado foi para R$ 1,33 bilhão (R$ 1,068 bilhão um ano antes). A margem Ebitda subiu para 20,86% no terceiro trimestre, de 17,6% no mesmo período de 2019. Às 11h15, as ações da estatal energética mineira subiam 3,98%.
A CVC Corp teve perda de R$ 215,6 milhões, após lucro líquido de R$ 13,2 milhões em igual período de 2019. A empresa explicou que a perda refletiu os impactos das restrições provocadas pela pandemia de covid-19 nas suas atividades operacionais, e manteve visão otimista para os negócios à frente. Apesar disso, os papéis cediam 0,76%.
Já as ações da Azul PN subiam 3,72%, assim como Gol PN avançava forte (3,22%), animadas com notícias sobre vacinas. Além disso, a Azul apesar de prejuízo de R$ 1,226 bilhão no terceiro trimestre, fez boas sinalizações, como indicar que está preparando o caixa para o futuro incerto.