A cena de festa após a vitória nos pênaltis sobre o Internacional, que valeu vaga nas quartas de final da Copa do Brasil ao América-MG, foi a que ficou do duelo de quarta-feira no Beira-Rio (5 a 4 após derrota por 3 a 1 no tempo normal). Mas o técnico Vagner Mancini revelou que o clima no intervalo, quando o time perdia por 3 a 0 e dava adeus, foi bastante quente, com brigas e discussões acaloradas.
O treinador não revelou quem foram os brigões do elenco. Apenas disse que também se envolveu na confusão, em cobrança forte entre todos. Na volta para a segunda etapa, a equipe descontou com o capitão Juninho e foi precisa nas penalidades.
Questionado sobre o que ocorreu no intervalo após um primeiro tempo tenebroso, Mancini mostrou sinceridade e revelou a confusão. "Coisas que existem no futebol e ninguém vê: briga. Nós literalmente brigamos no vestiário", afirmou o técnico. Nós brigamos. Eu com o grupo e o grupo dentro do grupo. Uns atletas partiram pra cima de outros, lógico que sem agressões físicas, mas com agressões verbais."
Curiosamente o América voltou melhor, mais disposto e conseguiu evitar a queda após triunfar em Belo Horizonte por 2 a 0. No fim, a gritaria e a empolgação era grande. Mesmo assim, Mancini não escondeu ter vivido o pior momento em sua passagem pelo clube.
"Talvez tenha sido o vestiário mais quente que tive nos últimos anos. E, com certeza, aqui no América, onde vou para dois anos. Nunca tinha tido um vestiário assim", disse, surpreso e assustado com o nível das cobranças.
O treinador espera que o ato tenha ajustado a equipe para as próximas batalhas. Neste sábado, o time recebe o Corinthians no Independência disposto a deixar a penúltima posição do Brasileirão. Mancini não contará com o zagueiro Maidana, que converteu o último pênalti em Porto Alegre, e o lateral-direito Marcinho. Ambos cumprirão suspensão por acúmulo de cartões amarelos.