Relatórios econômicos recentes indicam que o ritmo de geração de empregos no Brasil em 2026 deve ser mais moderado do que em anos anteriores, refletindo uma economia em transição com desafios estruturais e ciclos de desaceleração. A projeção é de que o número de pessoas ocupadas aumente de forma mais lenta em 2026, mantendo a expansão do mercado de trabalho, mas em ritmo inferior ao registrado em 2024 e 2025.
Essa tendência está alinhada à desaceleração observada no mercado de trabalho no segundo semestre de 2025 e às condições macroeconômicas atuais, incluindo juros mais altos e demanda global moderada.
Setores com maior perspectiva de crescimento de vagas
Apesar do ritmo mais contido, vários segmentos ainda oferecem oportunidades significativas no próximo ano:
Tecnologia e Dados
Profissionais ligados à inteligência artificial (IA), análise de dados, desenvolvimento de software e cibersegurança continuam em forte demanda. Empresas de todos os tamanhos buscam especialistas para digitalizar operações, impulsionar estratégias digitais e proteger informações.
Especialistas em IA e machine learning são citados como algumas das carreiras de maior valorização para 2026, com grande procura por habilidades específicas e remunerações acima da média.
Finanças, Contabilidade e ESG
Funções como controller, analista financeiro, especialista em ESG (meio ambiente, social e governança) e áreas correlatas devem seguir em alta, especialmente em empresas que buscam melhor governança e inovação estratégica em seus negócios.
Engenharia e Sustentabilidade
Engenheiros com foco em tecnologias limpas, energia renovável, automação e soluções sustentáveis tendem a se destacar, impulsionados pela transição energética e projetos de infraestrutura verde.
Saúde
O setor de saúde continua sólido, com crescimento em oportunidades para profissionais de atendimento, técnicos de saúde e suporte, influenciado pelo envelhecimento da população e ampliação de serviços de cuidado.
Áreas com menor crescimento ou risco de queda
Alguns segmentos podem enfrentar pressões ou desaceleração de vagas:
- Atividades mais rotineiras e repetitivas, especialmente onde automação e tecnologia substituem tarefas manuais.
- Serviços que dependem fortemente de grande volume de trabalhadores sem qualificação técnica podem sofrer retração frente à adoção de processos automatizados.
Isso não significa desemprego nesses setores, mas sim menos ritmo de abertura de vagas em comparação com áreas de maior especialização.
Competências e habilidades para apostar em 2026
Independentemente do nível de instrução, algumas habilidades serão diferenciais fundamentais no mercado de trabalho:
Habilidades técnicas e digitais
- Competências em tecnologia, automação e análise de dados vão se tornar cada vez mais demandadas, mesmo em funções não técnicas.
- Conhecimentos básicos de ferramentas digitais e capacidade de adaptação ao uso de softwares e IA acrescentam valor a qualquer currículo.
Habilidades humanas (soft skills)
- Comunicação, resolução de problemas, criatividade e colaboração são cada vez mais valorizadas, porque as máquinas ainda não substituem essas competências humanas.
Aprendizado contínuo
- Cursos rápidos, certificações técnicas, treinamentos online e programas de capacitação profissional podem abrir portas em áreas específicas, inclusive para quem não tem diploma universitário tradicional.
Dicas para quem busca emprego em 2026
Investir em habilidades demandadas: tecnologia, digitalização, análise de dados e especializações em áreas de crescimento.
Aprimorar competências humanas: liderança, comunicação, empatia e criatividade, que são difíceis de automatizar.
Aproveitar cursos e capacitações acessíveis (online e presenciais) para se adaptar rapidamente às exigências do mercado.
Observar tendências setoriais locais (como tecnologia, saúde e sustentabilidade) para alinhar trajetórias profissionais às oportunidades concretas.
Expectativa 2026: mercado de trabalho com crescimento moderado, em ritmo mais contido após anos de expansão.
Setores em alta: tecnologia, finanças, ESG, saúde, engenharia e sustentabilidade.
Áreas em baixa relativa: atividades rotineiras com automação crescente, sem qualificação técnica.
Dica geral: capacitação contínua e habilidades humanas complementares são essenciais para se manter competitivo no mercado.



