A Vale informou nesta sexta-feira, 25, em apresentação publicada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que o pico de despesas com seus programa de descaracterização de barragens vai ocorrer em 2024 e 2025, quando os desembolsos serão de US$ 500 milhões em cada ano. A Vale tem US$ 3,5 bilhões de provisões no balanço para eliminação das estruturas.
De acordo com a apresentação, as saídas de caixa para o programa vão somar US$ 400 milhões neste ano. A mineradora espera descaracterizar cinco barragens a montante em 2022, chegando ao total de 12 estruturas eliminadas desde 2019 – sendo quatro em Minas Gerais e três no Pará. No ano que vem, as despesas devem somar novamente US$ 400 milhões.
O programa de descaracterização de barragens da Vale indica que 90% das estruturas serão eliminadas até 2029 e 100% até 2035.
As estruturas com maior prazo são aquelas de maior risco, mais complexas e que envolvem um volume de rejeitos maior.
A apresentação mostra ainda que a Vale reduziu o número de barragens com algum nível de emergência declarada. Em dezembro do ano passado, eram 31 estruturas nessa situação.
Em março deste ano, o número foi reduzido para 29. Isso foi possível com a mudança da classificação das barragens de Forquilha IV, em Ouro Preto (MG), e Marés I, em Congonhas (MG).