A Vale fechou parceria com a Siemens e a MicroPower Comerc (MPC) para desenvolver um sistema de armazenamento de energia em bateria nas suas operações no Terminal da Ilha Guaíba, no Rio de Janeiro, que vai reduzir em cerca de 20% o custo com energia no porto, ao substituir o fornecimento da concessionária nos horários de pico de demanda, quando a tarifa é mais elevada. O novo equipamento tem capacidade para armazenar 10 megawatts-hora, o suficiente para abastecer 45 mil residências por uma hora.
A empresa disse em nota que a tecnologia é um passo importante para o processo de descarbonização da empresa. Em maio, o fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, excluiu a mineradora da sua carteira de investimentos de US$ 1 trilhão, devido aos danos ambientais causados por dois rompimentos de barragens da companhia, um em Mariana, e três anos depois, em Brumadinho, ambos em Minas Gerais, que deixaram centenas de mortos.
No mesmo dia da sua exclusão pelo fundo, a Vale anunciou investimentos de US$ 2 bilhões para reduzir em 33% suas emissões absolutas e indiretas até 2030, além de se tornar neutra em carbono até 2050.
"À medida que a Vale continua a descarbonizar suas operações, o uso de baterias de tornará uma parte cada vez mais importante na eletrificação da nossa frota de equipamentos", disse em nota o diretor de Energia da Vale, Ricardo Mendes.
O novo sistema do porto é composto por baterias de íon-lítio fabricados pela Tesla. O equipamento será carregado sempre que a demanda de energia estiver baixa, para substituir a rede da concessionária nos momentos em essa demanda for mais alta, explicou a companhia.