Economia

Valor da oferta da Souza Cruz pode mudar

Os acionistas da fabricante de cigarros Souza Cruz decidiram, na quinta-feira, 9, em assembleia, que a companhia terá de passar por nova avaliação para definir o valor de suas ações. A decisão está relacionada à oferta de aquisições de ações (OPA), que vai culminar com o fechamento de capital da empresa, controlada pela British American Tobacco (BAT), operação que movimentaria cerca de R$ 10 bilhões.

Quando anunciou a intenção de comprar a totalidade das ações da Souza Cruz (no caso, os 24,74% restantes), a BAT informou que o eventual preço a ser pago por papel seria de R$ 26,75, o que representava um prêmio de 13,1%. No fim de março, o preço da ação foi fixado em R$ 26,13, após a aprovação de distribuição de juros sobre capital aos acionistas no valor de R$ 0,01753 por ação.

A gestora de ativos Aberdeen, que detém 5% das ações da Souza Cruz, foi quem solicitou a convocação da assembleia para que fosse feito um novo laudo de avaliação – o que foi aprovado por 95,80% dos votos dos acionistas presentes. Foram registrados 3,06% de votos contrários e 1,14% de abstenções.

Também foi aprovada a contratação do banco de investimentos Credit Suisse como responsável pela elaboração do laudo de avaliação. A instituição tem prazo de 30 dias para concluir o trabalho. Os minoritários da fabricante de cigarros rejeitaram a oferta por considerarem que o valor oferecido está distante daquele que é visto como justo pela companhia.

Saída da Bolsa

O anúncio do fechamento de capital da Souza Cruz, feito no fim de fevereiro, foi uma surpresa para o mercado, embora não tenha causado estranheza, já que a BAT já tinha fechado o capital de outras empresas em outros países nos últimos anos. Na avaliação de analistas, a Souza Cruz deve ser uma das últimas do grupo com capital aberto. Além disso a empresa pode ter acesso a recursos por meio de sua controladora, que já é listada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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