O Indicador de Custos Industriais (ICI) cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2015 na comparação com o último trimestre de 2014, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quarta-feira, 10. A valorização do dólar em relação ao real, segundo a CNI, encareceu os insumos importados e foi determinante para a alta dos custos. Outros componentes também contribuíram para a alta, como o custo com energia, que subiu 8,7% nos primeiros três meses deste ano em relação ao último trimestre de 2014. “Apesar de elevado, o aumento do custo com energia foi menos significativo devido ao seu baixo peso na composição do custo industrial”, aponta a pesquisa da CNI.
A pesquisa revela ainda que o aumento do indicador teria sido muito maior, quase o dobro, não fosse a queda do custo tributário, que caiu 3,3% no período. Já o custo com capital de giro subiu 6% e de produção aumentou 1,8% na mesma base de comparação. Esses são os três componentes do ICI. O custo de produção é calculado a partir da evolução dos custos de energia, pessoal e bens intermediários.
O custo com pessoal subiu 1,9% no período. O custo de bens intermediários aumentou 1,4% no primeiro trimestre do ano, impulsionado pela elevação de 8,2% nos custos com produtos intermediários importados. O câmbio foi responsável pela alta de 5,6% no preços dos produtos industrializados importados.
No mesmo período, os preços dos produtos industrializados no mercado interno subiram 1,5%, o que permitiu a recomposição das margens de lucro das empresas, de acordo com a pesquisa. “Como os custos industriais cresceram 0,8%, os produtos manufaturados brasileiros se tornaram mais competitivos”, avalia o documento da CNI.