Vândalos atacaram centenas de túmulos em um cemitério judeu no leste da França, no que o presidente francês, François Hollande chamou de ato antissemita “odioso e bárbaro” contra os valores franceses.
O vandalismo acontece em um momento de crescente insegurança entre os judeus franceses e em meio a tensões religiosas gerais na Europa, depois que radicais islâmicos atacaram um mercado kosher e um jornal satírico em Paris, no mês passado, e ataques similares ocorreram na Dinamarca neste fim de semana.
O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, disse em comunicado que uma
equipe de investigação criminal estava no cemitério atacado, em Sarre-Union, perto
da fronteira alemã, e as autoridades vão fazer “tudo” para encontrar vândalos.
Sepulturas e locais de culto judaicos e muçulmanos registram esporádicos, mas frequentes, ataques de vandalismo. O incidente deste fim de semana teve uma amplitude maior e ocorreu em um cemitério que já havia sido atacado anteriormente. A imprensa local informou que cerca de 200 sepulturas foram derrubadas e um monumento em homenagem a vítimas do Holocausto foi danificado.
Em um comunicado, o presidente francês disse que “a França está determinada a lutar sem tréguas contra o antissemitismo e aqueles que querem atacar os valores da nação”.
Hollande visitou a Embaixada da Dinamarca em Paris neste domingo, e uma multidão se reuniu para mostrar solidariedade para com as vítimas dos ataques de Copenhague
“Nós precisamos estar juntos na Europa e em todo o mundo, onde quer que os jihadistas tentem ameaçar a democracia”, disse a presidente da União de Estudantes Judeus da França, Sacha Reingewirtz.
Muitos judeus franceses estão cada vez mais preocupado com o antissemitismo, particularmente vindo de jovens muçulmanos que adotam a ideologia radical propagada online. A França tem a maior população judaica da Europa, cerca de meio milhão. Mais de 7.000 emigraram para Israel no ano passado.
Os principais grupos muçulmanos da França condenaram os ataques em Paris e Copenhague e estão frustrados que o Islã é frequentemente associado ao terrorismo. Fonte: Associated Press