O banco JPMorgan espera que a economia global siga acelerando na segunda metade de 2021 apesar dos riscos colocados pela variante delta do novo coronavírus, e na medida em que os "ventos contrários" da pandemia diminuem e a atividade do setor de serviços se normaliza. Em relatório, o banco cita o caso do Reino Unido, onde as infecções vem caindo "significativamente", sendo "um bom presságio" para regiões onde a variante delta ainda está em ascensão, mas com algum atraso em relação à experiência britânica.
"Não somos de forma alguma complacentes com o risco delta, com novos casos ainda surgindo em grande parte dos EUA e na Ásia, e com lockdowns sendo adicionados na Austrália esta semana", diz o JPMorgan. "No entanto, com o progresso contínuo nas vacinações, qualquer nova tragédia relacionada à pandemia deve ser um obstáculo menor em uma recuperação robusta", afirma o relatório.
"Grande parte dos bancos centrais parece compartilhar de nossa perspectiva construtiva", aponta o JPMorgan, que indica que a disseminação da variante delta "parece ter pouco impacto em seus planos de normalização gradual" de economias desenvolvidas. "Qualquer obstáculo no crescimento pela delta é considerado transitório", afirma, e cita posturas como a do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que sugeriu riscos de curto prazo pela mutação, mas ainda assim adotou um tom "hawkish".